sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O "Dossiê Corinthians"


Texto e imagem extraídos do Blog do apresentador Milton Neves no portal IG.

Abaixo, episódios marcantes da 'gloriosa' história do curintia:

- 1938: Com gol de mão de Carlitos, o Corinthians ganha o Caopeonato Paulista em cima do São Paulo;
- 1957: Após perder o Paulista para o São Paulo a torcida corinthiana enche o Pacaembu de garrafas, no episódio conhecido como “Jogo das Garrafadas I”;
- 1966: Corinthians “conquista” o Rio-SP dividindo-o com mais 3 clubes (hauhauhauahuahuahuahuahuahuah);
- 1974: Após perderem o Campeonato Paulista para seu arqui-rival Palmeiras, a torcida resolve expulsar do clube o maior jogador de sua história: Rivelino. O jogador vai defender o Fluminense e, por coincidência ou destino, seu primeiro jogo pelo time carioca é contra o mesmo Corinthians. Ao entrar em campo, uma faixa levada ao Maracanã pelos corintianos com os dizeres: “A Fiel já esqueceu o Ruinzinho do Parque”. Rivellino sai de campo com 3 gols marcados na vitória de 4 a 1 do Fluminense sobre o Corinthians, que já ostentava 20 anos de fila;
- 1977: Final do Paulista contra a Ponte Preta. O artilheiro ponte pretano Ruy Rei sem motivo nenhum dá um pontapé num zagueiro corinthiano e é expulso no começo do jogo. Corinthians Campeão saindo da fila de 23 anos. Misteriosamente, uma semana após o título, Ruy Rei anuncia acerto de contrato com o Corinthians;
- 1982: Depois de fazer campanha pífia no Campeonato Paulista de 1981, o Corinthians é obrigado a disputar a Taça de Prata do Campeonato Brasileiro de 1982, correspondente a Segunda Divisão do Torneio.
- 1987: Corinthians termina a Copa União em último lugar (16º lugar) e só não é rebaixado pois a mesma havia sido organizada pelo Clube dos 13, e não pela CBF;
- 1991: Revoltados por terem perdido de 2 a 0 para o Flamengo em pleno Pacaembu, pela Libertadores, corinthianos resolvem encher o campo do Pacaembu de garrafas, no episódio denominado “Jogo das Garrafadas II”;
- 1993: Viola imita um porco ao fazer o gol da vitória no primeiro jogo contra o Palmeiras na final do Campeonato Paulista. No jogo de volta, um sonoro 4 a 0 dá o título ao Palmeiras;
- 1994: Globo denuncia em no Jornal Nacional o “Esquema Ives Mendes” de arbitragem, envolvendo os dirigentes Mário Celso Petraglia, do Atlético/PR, e Alberto Dualib, do Corinthians. O esquema culminou no banimento de Ives Mendes do futebol e no rebaixamento do Atlético Paranaense para a segunda divisão. Ao Corinthians, misteriosamente, nada foi aplicado;
- 1999: Jogadores do Corinthians, irritados por serem eliminados da Libertadores pelo Palmeiras dias antes, resolvem iniciar uma briga generalizada entre palmeirenses e corintianos na final do Paulista, no Morumbi;
- 2000: Corinthians é convidado, misteriosamente, a participar de um Torneio denominado “Mundial de Clubes”, aqui no Brasil. Detalhes interessantes: o Corinthians não era campeão continental e o patrocinador do Torneio, Traffic, era uma das parceiras do Corinthians. Coincidentemente, o Corinthians só passou de fase por ter um gol que não entrou;
- 2000: O Corinthians sofre uma seqüência de 10 derrotas seguidas e é desafiado pelo Íbis, conhecido como “o pior time do mundo”. AMARELOU para o desafio! Terminou a Copa João Havelange em último e não caiu porque o torneio não foi organizado pela CBF;
- 2002: Vários erros da arbitragem acabam dando a Copa do Brasil para o Corinthians em pleno Serejão, no Distrito Federal, contra o Brasiliense;
- 2003: Corinthians tem a Fazendinha e a sede do Clube penhorado devido a uma ação trabalhista, movida pelo atacante Luizão, ídolo no clube;
- 2004: Após campanha pífia no Campeonato Paulista, o Corinthians só não é rebaixado pois o São Paulo vence o Juventus da Rua Javari na última rodada;
- 2005: MSI, lavagem de dinheiro, máfia russa, jogos anulados e pedidos de desculpas de Márcio Rezende após erro vital no jogo entre Corinthians x Inter no Pacaembu. Esse foi o Zveitão 2005 vencido pelo Corinthians;
- 2006: A torcida tenta invadir o campo do Pacaembu após vergonhosa eliminação da Libertadores pelo River Plate, mas afinam pra meia dúzia de PM’s;
- 2007: Dualib em uma conversa telefônica autorizada pela Policia Federal confessa que o Brasileiro de 2005 “foi roubado”. 2007 foi o ano que culminou no rebaixamento histórico desse Clube
- 2009: Corinthians ganha o 1º jogo da final da Copa do Brasil por 2x0 sobre o internacional com um gol ilegal. No jogo de volta empatou em 2x2 com um gol ilegal. Inter X Corinthias dia 19/08/2009 pelo brasileirão, o Corinthians ganha do Inter por 2x1 com 2 gols em que vários jogadores do time estavam impedidos cerca de 1 metro. Em 19/08/2009 corinthians x Botafogo, curintia novamente beneficiado. Dia 26/08/2009 Barueri x Corintihans, novamente.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Os escândalos não param

Abaixo reproduzo artigo publicado no Terra Magazine sobre mais um escândalo do governo do Estado. Quando Antônio Britto e a RBS deixaram o governo pensei que nada pior poderia nos acontecer, mas aconteceu: Yeda.

link para o original:

As torneiras abertas do Rio Grande do Sul
Eduardo Tessler
De Porto Alegre (RS)


Não bastasse a crise política em que se meteu a governadora gaúcha Yeda Crusius, agora a lista de desvio de dinheiro público ganha novos reforços a cada dia.

O escândalo mais recente não chama a atenção pela quantidade - R$ 15 mil - mas pela total falta de critérios que os governantes do Rio Grande tem para abrir as torneiras e despejar verbas públicas. O dinheiro em questão foi dado sob forma de "diárias" para que o cidadão gaúcho Clóvis Fernandes pudesse assistir aos jogos da Copa das Confederações, disputada em junho na África do Sul.

O conhecido "Gaúcho da Copa" ficou famoso por aparecer com seu generoso bigode e uma réplica da Copa do Mundo em mãos nas transmissões de jogos dos Mundiais. O locutor Galvão Bueno chama-o de "simpático".

Clóvis Fernandes tentou ser vereador em 2008. Não conseguiu mais que 2.300 votos e ficou de fora. Concorreu pelo PMDB, um dos partidos da base de Yeda Crusius. Hoje Fernandes é CC do governo gaúcho, lotado na secretaria de Relações Institucionais. E de quebra ainda leva algumas diárias para passear e ver futebol.

Ou seja, não bastasse Fernandes ter se ausentado do trabalho em uma secretaria de Estado por 19 dias, ainda recebeu um "extra" para isso.

Se Fernandes busca patrocínio para ir às competições internacionais, mérito dele e de seu grupo. O site do "Gaúcho" apresenta anúncios de uma agência de viagens, uma confecção de camisetas, uma empresa de comunicação visual, uma de TV por assinatura e de uma rede de lojas de música, de propriedade do presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Francisco Noveletto. Até aí, nenhum problema.

Mas quando o governo do Estado abre a torneira e paga 19 diárias de viagem para que um CC vá se divertir na África do Sul, aí o furo aumenta.

Qual a vantagem para o Estado em ter um torcedor assistindo jogos da Seleção Brasileira?

Segundo o secretário da Casa Civil, José Alberto Wenzel, que autorizou a viagem, "o dinheiro foi muito bem investido".

Em que, secretário? Em cerveja? Em visita a tribos e reservas naturais, como aparece no site do "Gaúcho"? Fernandes divertiu-se vendo os jogos e distribuiu panfletos falando de Porto Alegre na Copa de 2014. E voltou com uma conclusão "fundamental": trânsito é um problema para a Copa. Ah, bom, ainda bem que o enviado especial revelou esse segredo.

Fernandes é um cara-dura que consegue abrir as torneiras do Estado. Mas o problema não é ele ou outros que se aproveitam do desgoverno. O problema está exatamente em quem assina o cheque. A governadora, os secretários, os que não cuidam do patrimônio e das finanças do Rio Grande.

O dinheiro gaúcho hoje escorre por todos os lados. A tal ponto que uma empresa terceirizada, que cuida dos depósitos de carros apreendidos pelo Detran-RS, cobra uma suposta dívida de R$ 16 milhões do governo. E se não fosse o Ministério Público impedir esse absurdo, a governadora já teria pago.

As torneiras gaúchas estão abertas.


Eduardo Tessler é jornalista e consultor de empresas de comunicação. Edita o blog Mídia Mundo.


Fale com Eduardo Tessler: edutessler@terra.com.br

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Seurney está livre na república of bananas

O "conselho de ética" arquivou vergonhosamente as acusações contra o Cel. Seurney, que é um cara de família, afinal emprega a familia toda no Senado e, além disto, desvia dinheiro, ganha propina de empreiteiras e assemelhados. Em um País decente estaria na cadeia, que é o lugar para gente como ele e a maioria dos senadores da república of bananas. O desoPTei, partido político no qual o povo depositava confiança, ajudou o meliante a se livrar das acusações.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Curintia ganha outra no roubo

O curintia, time que só ganha com apito amigo, ganhou do Inter no Beira-Rio com 2 gols roubados descaradamente, tão descaradamente que até a Globo, emissora amiga dos times de RJ e SP, teve que admitir que os 2 gols foram ilegais. O Nome do dono do apito amigo do curintia eu esquecí.

Inter X curintia

O Corinthians, o time aquele que está acostumado a ganhar Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil com a ajuda dos árbitros, estará em Porto Alegre novamente para enfrentar o Inter, desta vez pelo brasileirão.

Todo cuidado é pouco, além do excelente treinador, eles tem o arbitro, sempre pronto a ver as coisas sob um angulo "diferente", uma espécie de "realidade alternativa", onde lances capitais sempre ocorrem a favor do Corinthians.

Estaremos de olho neles. Um pouco da roubalheira e dos comentários vergonhosos da Globo no 2º jogo da final.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Quem é Edir Macedo? O que é a "igreja universal"?

Um pouco mais sobre a quadrilha que está tomando de assalto o país. Tire suas conclusões sobre o perigo que representam:

























Globo X Record

Ia escrever sobre o assunto, mas encontrei texto melhor, que mostra na exata medida a dramaticidade, urgência, motivações e possíveis consequências da batalha.
Reproduzo abaixo excelente texto de Marcelo Carneiro da Cunha, Escritor e Jornalista, publicado dia 14/08 no site do terra. Veja o original no link http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3921798-EI8423,00-Entre+Globo+e+Record+qual+a+pior.html

Sexta, 14 de agosto de 2009, 07h50 Atualizada às 08h47 Entre Globo e Record, qual a pior?

Marcelo Carneiro da Cunha
De São Paulo

Estimados milhares de leitores, que satisfação estar de novo com vocês, aqui nesse ambiente desenfumaçado dos últimos dias.

Mas, como a realidade é algo que muda o tempo inteiro, enquanto bares e restaurantes se tornaram ambientes bem mais amigáveis aos seres humanos respiradores de oxigênio, o ambiente eletrônico da televisão anda tão esquentado que derreteu até o bombril da antena aqui de casa. Globo e Record se inspiraram no glorioso Senado Nacional e partiram pro chute na canela. Bom para todos nós. Quando os grandes e enormes brigam, parte do muito que eles sabem e a gente não, vem à tona.

Pra começo de conversa, devemos lembrar que essas duas redes de comunicações têm em comum apenas isso: serem duas redes de comunicação. No resto, Globo e Record são animais muito diferentes, mesmo que dotados de dentes grandes e mesmas intenções de predadores.

A Globo é como uma novela da Globo, que nos conta historinhas para boi dormir. Nenhuma novela da Globo quer mudar o mundo ou nos tornar pessoas melhores. Ela nos convida a comprar xampu, iogurte e automóvel, mais nada. Assim é a Globo.

Ela também é a expoente de uma era de grandes veículos que faziam e desfaziam o mundo em que vivíamos. A lógica de uma Globo é a de qualquer grande empresa ligada aos interesses do grande capital, e naturalmente as intenções desse povo nunca foram ajudar o mundo a ser um lugar mais legal, igualitário e modelado pela fraternidade socialista. A Globo é consequência do golpe militar, e não é exatamente surpreendente perceber que nasceu pra ser uma aliada natural e defensora de uma certa ordem. Mas ela também faz televisão de excelente qualidade, coisas do Guel Arraes, do Jorge Furtado, entre outras. Ela faz quando quer, só não quer mais porque parece que não precisa.

A Record é uma grande igreja do bispo Macedo com fachada de rede de comunicações. E a igreja do bispo Macedo não é moleza. Os tais templos dele têm cara de cartório e alma de cobrador de impostos. Entrou ali, pimba, você está achado por eles e perdido pra sempre. Eu lembro de ter escutado o bispo Macedo uma vez apenas, em um táxi de um convertido e salvo pela igreja do bispo.

Não sei se vocês já escutaram, mas é assustador o tal bispo. Assustador pelo tom da voz, de vampiro de filme do Polansky, assustador pela total falta de escrúpulos na hora de dizer a que veio e o que espera da gente. A igreja do bispo Macedo é que nem novela da Globo, só que sem a novela - débito ou crédito, estimado crente?

Uma rede de comunicações de uma igreja dessas faz o que, afinal das contas? Mesmo que ela faça jornalismo com bons profissionais, o que eles tiveram que fazer ontem e anteontem diante das câmeras foi dar a mensagem do chefe. E, diferentemente da Globo, o chefe da Record é o bispo!

Eu tenho saudades do SBT e da Tele Sena. Pelo menos ali ficava na cara que o que o Silvio Santos tinha era uma rede de televisão inteira devotada a vender Tele Sena. Assim, com as coisas claras e simplinhas, tudo, mas tudo mesmo fica mais fácil.

A Globo queria a nossa mente e o nosso corpo, hoje se satisfaz com uma parte razoável do nosso bolso, e ainda faz o Criança Esperança pra mostrar que é legal. A Globo é como a igreja Católica, que faz o que faz, mas com um jeito pra lá de respeitável.

A Record quer o que? Ela quer enfiar o exu caveira na gente e cobrar pra tirar, em suaves prestações mensais, pelos próximos 30 anos.

A Globo é conseqüência e representante de um modelo de sociedade que parece que se esgota. A Record é parte de um império tão sibilino quanto raso, se espalha por todo canto, mas, espero, não faz mais do que manchar o carpete.

A diferença, e talvez seja essa a causa da briga das duas, é que a Globo é uma empresa. Se ela precisa de dinheiro, tem que ir ali adiante, trabalhar, vender, faturar, pagar seus impostos, gerar lucro e então poder tocar no din din. A Record, não. Escasseou o caixa, aluga-se o Maracanã, faz-se uma celebração para Jesus Cristinho na versão do bispo, junta-se duzentos mil coitados, passa-se o saco, todo mundo contribui ou vai ver só, leva-se os sacos de dinheiro pros templos, pronto. Cash flow pra ninguém botar defeito, fora todo mundo com alguma decência no coração.

Talvez seja essa a causa da briga, como foi a causa da queda do Collor. Collor caiu, como talvez vocês saibam, porque uma vez no poder, com a tolerância do andar hiper de cima, começou a acumular dinheiro com uma voracidade alagoense e até então desconhecida. O andar de cima tremeu, Collor caiu.

Talvez o sistema esteja informando ao bispo que melhor ele moderar a taxa de acumulação de capital, ou o céu cai em cima dele. Talvez o bispo já se sinta poderoso o bastante para peitar a banca.

Eu apostaria a minha fortuna pessoal, estimada em dez reais e quarenta e dois centavos, em que é exatamente isso que está acontecendo. E o que está em jogo é limitar o poder do bispo, e por isso, e por motivos de alinhamento estratégico semelhantes aos que fizeram o Lula abraçar o Sarney, nessa, e nessa apenas e por agora, estou com a Globo. Já o estimado leitor, faça a sua escolha. Se o bispo ganha, e ele pode ganhar, logo, logo, não tem mais escolha.




Marcelo Carneiro da Cunha é escritor e jornalista. Escreveu o argumento do curta-metragem "O Branco", premiado em Berlim e outros importantes festivais. Entre outros, publicou o livro de contos "Simples" e o romance "O Nosso Juiz", pela editora Record. Acaba de escrever o romance "Depois do Sexo", que foi publicado em junho pela Record. Dois longas-metragens estão sendo produzidos a partir de seus romances "Insônia" e "Antes que o Mundo Acabe".

Fale com Marcelo Carneiro da Cunha: marceloccunha@terra.com.br

sábado, 8 de agosto de 2009

Brasil de Pelotas rumo a série B

Todo pelotense, exceto os 13 que torcem para o E.C. Pelotas, quer ver o Xavante novamente em meio aos grandes. Amanhã é dia da torcida lotar a baixada para ano que vem jogar contra Fluminense e Sport na Série B.. heheheheh

Brasil 2x0 Flamengo: Eu fui!


Final 800 m dos jogos Olimpícos de 1984 - Joaquim Cruz

Dia 06 completaram-se 25 anos de uma das provas de atletismo mais emocionantes que já ví, Joaquim Cruz foi campeão da prova de 800 m rasos:


terça-feira, 4 de agosto de 2009

Itaipú, o túmulo das Sete Quedas

O assunto “Itaipú” voltou aos noticiários recentemente devido a pressão do governo paraguaio em busca de aumento do valor pago pelo Brasil ao excedente de energia da cota paraguaia.

Sei que o Brasil paga um valor muito abaixo do mercado, sei também que a “cota” do Paraguai para construção da usina foi financiada e subsidiada pelo Banco do Brasil, que o dinheiro foi captado no mercado internacional pelo Brasil, mas não tenho dados ou condição técnica para avaliar se o correto seria pagar o mesmo, dobrar, triplicar ou aumentar 30x o valor pago. Mas sei que perdemos as Sete Quedas, que não tinham preço.

Ano passado pesquisando para um trabalho de Gestão Ambiental na faculdade de engenharia elétrica deparei-me com os vídeos e fotos das Sete Quedas, lembrança de infância que tinha escondida em algum “canto” da memória, a mais forte delas do acidente com a ponte sobre uma das quedas, que passou repetidamente na Globo, quando muitas pessoas morreram. Ao circular pelo país a notícia de que as quedas seriam inundadas pelo lago da usina, milhares de pessoas correram para ver os últimos dias da maravilha da natureza. As velhas pontes não agüentaram...
O projeto original, do engenheiro militar Pedro Henrique Rupp, foi atualizado e aperfeiçoado pelo engenheiro eletrecista Octávio Marcondes Ferraz, e previa um desvio do rio Paraná logo acima das quedas, sem prejuízo a seu fluxo d’agua, e através de um canal de 60km seriam construídas, sob demanda, 3 usinas menores que Itaipú, mas que, juntas, gerariam mais energia que aquela. Após a última usina as águas seriam devolvidas ao rio.

Um projeto de usina totalmente nacional que -principalmente- preservaria as Sete Quedas e evitaria uma série de “efeitos colaterais”. Teriamos as quedas, relações possívelmente melhores com o Paraguai, que sustentamos, mas para o qual somos vilões e uma posição firme de preservação já na década de 60 poderia ser catalizador para uma política de preservação ambiental que impedisse uma série de absurdos cometidos nas últimas décadas em nome do “progresso”.

Abaixo, imagens das quedas antes e depois do lago da usina. Clique sobre as fotos e repare na posição das linhas de transmissão em uma e outra. Mostram o ponto exato onde ficavam as quedas. Um único sentimento se manifesta quando penso nisso. Tristeza.

Se quiser ver boas fotos das quedas, http://www.flickr.com/photos/setequedasvive/show/